by Nancy DevilHaoupa Tibianos!!! Mais um teaser fresquinho e traduzido para vocês, confiram:
Diário de Amaro De Quester – Dia 42
É noite ou dia lá na superfície? Eu me pergunto. Há tantos anos procuro por lugares que ninguém se atreveu a sonhar. Quem iria pensar que o mais estranho de todos seria encontrado no subsolo, nas profundezas, onde o tempo não é nada além de uma ilusão do homem.
Ingressar na recente expedição gnômica não exigia coragem. Descer a um poço sem fundo, um abismo insondável, no entanto, foi um passo muito mais ousado. Se não fosse pela minha curiosidade e pela assistência dos gnomos, eu poderia ter desistido.
Nas profundezas da superfície, os gnomos descobriram uma caverna colossal que abriga uma massa de terra impressionante com um vulcão gigante e estrondoso em seu centro, expelindo lava derretida, cinzas e fumaça. Chamam a este lugar Gnomprona, um prato melhor servido quente e picante. Um enorme crânio paira sobre a entrada da câmara interna do vulcão. Eu já vi uma fera parecida com este crânio
antes, olhando para mim através das órbitas ocas e escancaradas. A forja
de exaltação; desenterrada pela guilda dos aventureiros com a ajuda dos gnomos.
A abundância de recursos naturais que existe aqui, não me é tentadora. Não sou movido pela ganância, vim aqui para entender e aprender. E, no entanto, parei de olhar para cima porque não há céu infinito, nem sol para contemplar, nem nuvens ou estrelas para contar. Tudo que vejo é aquela estranha névoa que ilumina todo o lugar e esconde o teto áspero de pedra e estalactites da caverna que podem desabar a qualquer minuto.
Gotas de água estão caindo das grandes folhas verdes e samambaias, mas nenhuma delas atinge o solo, todas evaporam no meio do caminho. Esta umidade escaldante é sufocante e exaustiva. Mas precisamos continuar, pois o que encontramos está além de qualquer coisa que eu poderia ter imaginado: criaturas primordiais, algumas nunca vistas antes, enquanto outras acreditávamos estar extintas. Progenitores de espécies que conhecemos atualmente. E rastros de uma civilização antiga! Talvez até mais velhos do que os nossos mais antigos conhecidos ancestrais.
O cenário verde exuberante ao meu redor é banhado pelo brilho
vermelho de piscinas de lavas e rios, espalhados , saindo do vulcão como veias de sangue, pulsando
lentamente, imitando o batimento cardíaco de Tibia. Uma visão maravilhosa de se contemplar, uma beleza traiçoeira pronta para atacar, para se libertar e envolver o mundo em chamas.
O ar cinzento que respiro é pesado, quente e empoeirado; estou em chamas e encharcado ao mesmo tempo, cheirando a enxofre como todo o resto aqui embaixo. O cheiro de decadência, queima e permanece. A selva transborda vida, mas vida à beira da morte. Cada criatura, cada planta está em constante luta pela sobrevivência, devorando e sendo devorada, enfrentando-se e enfrentando a própria natureza, aqui no fundo das entranhas de nossa casa.
Se este lugar perigoso é o paraíso que eles me contaram, tenho que repensar a minha concepção do inferno.
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Na próxima semana: Um ditado gnomo diz: “mais dor de gnomo, mais ganho de gnomo!”
Conteúdo Teaser 2/4 | Teaser de recurso 1/3
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